Pode parecer que não há muita relação entre controlar o peso e fazer psicoterapia, pois, de forma superficial, parece que o controle de peso está exclusivamente ligado a questões nutricionais e médicas. Sendo assim, os tratamentos mais usuais são: uma boa prescrição de dieta com muita disciplina e força de vontade ou, quando a disciplina e a força de vontade são insuficientes, acrescenta-se medicamentos que inibem o apetite, entre outros psicotrópicos, ou ainda, nos casos mais graves, é indicado fazer a cirurgia de redução do estômago. Por sua vez, a psicoterapia parece ser indicada apenas para pessoas que estão sofrendo problemas emocionais de fundo psicológico e precisam de ajuda e suporte para se restabelecerem. Dessa forma, a princípio, parece não haver relação entre controle de peso e psicoterapia.

Grande engano! Por trás de um cem números de fracassos com tratamentos para o controle de peso exclusivamente por meio de dietas, com ou sem acréscimo de medicamentos, inclusive com tratamentos cirúrgicos, podem estar os sentimentos, as emoções, os traumas, ou seja, as “dores da alma”. Como um sabotador, estas dores podem furtivamente boicotar as boas intenções conscientes de qualquer pessoa no sentido de se alimentar seguindo uma dieta para o controle de peso. Quando sofremos lá no fundo do nosso interior, ou seja, uma sensação de fundo emocional que dói, muitas vezes, reagimos buscando uma compensação positiva e a forma de compensar pode ser muita comida gostosa. Esse tipo compensação fica gravado no nosso sistema nervoso a partir do nosso nascimento. Quando éramos bebês e sofríamos sem compreender o por quê, éramos amamentados ou alimentados e, assim, a dor passava e nos sentíamos bem. Então, ficamos condicionados a isso e este comportamento fica quase automático com pouco controle da nossa intenção e juízo de valor ou consciência.

A psicologia nos ensina que nossos pensamentos, sentimentos e emoções estão intimamente ligados aos nossos comportamentos. Sendo assim, quando estamos sofrendo por tristeza, angústia, solidão, decepção ou por qualquer razão, nossos comportamentos podem ir em direção de compensar o sofrimento via super alimentação ou o consumo de doces e guloseimas. É aí que a psicoterapia pode ajudar fazendo um diferencial. Através da psicoterapia, o cliente pode descobrir e compreender melhor como ele está funcionando internamente em termos emocionais e comportamentais e desenvolver meios para fazer valer sua intenção de melhorar a saúde e controlar o peso. A compreensão e aceitação de nosso mundo emocional ajudam muito no sentido de encontrar mais verdadeiramente o que tem sentido para nós. Assim, a psicoterapia pode funcionar como tratamento complementar ao tratamento médico-nutricional. Por outro lado, a falta de apoio psicoterápico pode ser fator importante em um grande numero casos de fracassos na tentativa de controlar o peso.

Se você, por várias vezes, já tentou controlar o peso, emagrecer, perder medidas e fracassou, pode ser que exista um sabotador escondido dentro de você. E se você decidir encontrá-lo de frente com coragem, respeito e amor, poderá transformá-lo em um aliado amigo. O papel da psicoterapia pode ser o de promover esse encontro e essa transformação, unindo o tratamento psicológico com a reeducação alimentar para conseguir controlar o peso e conquistar de uma vida mais saudável.

Mas primeiro, como definir sintoma? De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, sintoma é um fenômeno como dor, mal-estar, alterações psicológicas ou fisiológicas que é produzido pela a doença de um referido paciente e, é freqüentemente analisado para se estabelecer o diagnóstico, a classificação da doença, e possíveis tratamentos. Entretanto, antes que uma doença se estabeleça ou possa ser identificada como tal, uma pessoa pode apresentar sinais que indicam a sua eminência. Assim sendo, estes sinais indicariam o primeiro alerta e, a sua pronta identificação, o melhor momento para se tomar as necessárias providências antes do agravamento ou instalação de uma doença ou transtorno, como a depressão.

Antes que a depressão seja consolidada, alguns sinais de alarme podem ser identificados como: a pessoa passar a sofrer acidentes freqüentes e arriscar mais que de costume. Esses episódios podem esconder a vontade de se ferir ou de se autodestruir. Ela pode escrever em alguns lugares ou manifestar de alguma forma o seu desejo de sumir ou morrer. Outros sinais podem ser: sofrer exageradamente e desproporcionalmente na ocorrência de uma perda ou frustração; sentir-se envergonhado, fracassado ou derrotado facilmente e freqüentemente; aumentar a necessidade de carinho e amor; repentinas e não justificadas mudanças de humor; queda de desempenho nas atividades como trabalho, estudo, esporte; começar a escrever um diário ou, se já escrevia, passa encher mais suas páginas; ficar mais agressivo principalmente com a família; passar a sair de casa em horários não esperados, ou ameaça abandonar a família; passar a dar presentes valiosos, abandonar ou dar objetos estimados com os quais tinha cuidado e apego.

Depois que a depressão está instalada, os sintomas mais comuns que podem ser identificados são classificados em fisiológicos, cognitivos, comportamentais, afetivos, interpessoais, e simbólicos. Os fisiológicos são aqueles ligados ao funcionamento físico-químico normal dos seres vivos, como: alteração do sono, alteração do apetite, cansaço, dores físicas vagas e sem origem orgânica aparente. Os cognitivos são os ligados a percepção, memória, juízo e raciocínio, como: expectativas negativas, auto-depreciação, interpretação negativa dos eventos. Os comportamentais são ligados a forma de proceder e comportar mediante estímulos, sentimentos e necessidades, como: perda de interesse por aquilo que antes gostava, atos agressivos ou destrutivos, abuso de drogas. Os afetivos são ligados a reação sentimental e emocional, como: humor deprimido ou irritável, sentimentos de tristeza, angústia e ansiedade. Interpessoais são ligados a interação com as outras pessoas, como: dependência dos outros para tudo, retraimento social e isolamento. Os simbólicos são ligados a expressão através de sinais indicativos ou interpretação destes, como: pobreza de simbolização com redução do vocabulário e das expressões, imagens e fantasias destrutivas, pesadelos recorrentes.

É importante salientar que os sintomas costumam variar muito de uma pessoa para outra e, sintomas fortes para algumas pessoas podem estar ausentes em outras. Entretanto, uma base comum pode ser definida como sendo a maneira como a pessoa se sente em relação a ela mesma e, como percebe a qualidade e a satisfação de sua vida. Uma boa avaliação dos sintomas é assim muito importante para o tratamento, pois pode influenciar na condução do processo. Quando os sintomas são bem identificados torna-se mais provável encontrar as melhores estratégias para o tratamento como um todo.

A depressão pode afetar negativamente muitos aspectos da vida de uma pessoa. Ela pode comprometer a saúde física, incluindo o padrão de sono, o desejo sexual e o apetite, a motivação, a atenção, os relacionamentos e a produtividade no trabalho. Em conjunto, isso tudo gera um resultado negativo na vida das pessoas de forma generalizada. A depressão pode fazer a vida parecer sem graça e problemática. Indivíduos que sofrem de depressão, muitas vezes, se sentem abandonados e não têm esperança de melhoria de sua situação. O fato de a depressão poder afetar negativamente muitos aspectos da vida das pessoas faz com que encontremos pessoas afetadas de formas diferentes pela depressão. Essa característica é um grande complicador para o diagnóstico, uma vez que não existe um padrão do transtorno, ou seja, as formas em que a vida das pessoas é afetada variam, e isso dificulta a existência de uma referência. Outro fator complicador para o diagnóstico é o fato de que a depressão pode coexistir com outros problemas saúde. Assim, a depressão pode se esconder atrás de outras doenças e não ser identificada, continuando a afetar o quadro negativamente.

Antes que os sintomas possam denunciar a presença de um transtorno ou doença, sinais que indicam alterações podem ocorrer. Inclusive, quando estes sinais são identificados é o melhor momento para se tomar as necessárias providências, pois o transtorno ou doença ainda não se instalou ou se agravou. Alguns dos indícios que indicam um primeiro alerta de uma futura ou iminente depressão são: acidentes frequentes associados a comportamentos de grande risco; manifestação de desejo de sumir ou morrer; sofrimento exagerado e desproporcional por perdas ou frustrações menores; sentimento de envergonha, fracasso ou derrota de forma constante; necessidade exagerada e aumentada de carinho e atenção; variação de humor repentino e não justificado; queda do desempenho nas atividades de trabalho, estudo, esporte ou outras; aumento da agressividade, principalmente com a família; sair de casa em horários não esperados e ameaçando abandonar a família; dar presentes valiosos e abandonar ou dar objetos com os quais tinha cuidado e apego.

Após esse estágio inicial, o processo evolui para a instalação do transtorno ou doença e os sintomas aparecem. É através da identificação de sintomas específicos que os profissionais de saúde diagnosticam seus pacientes e, para tanto, existem manuais médicos que relacionam transtornos e doenças com os seus respectivos sintomas. Um desses manuais é o DMS-IV-TR da Associação Psiquiátrica Americana. De acordo com esse manual, o diagnostico de depressão pode ser dado quando uma pessoa apresenta alterações com pelo menos cinco dos sintomas abaixo, pelo período de duas semanas ou mais, estando entre os sintomas humor deprimido ou perda de interesse ou prazer. Os sintomas listados no manual são: 1- Humor deprimido na maior parte do dia; 2- Perda de interesse ou prazer em quase tudo; 3- Perda ou ganho significativo de peso ou aumento ou diminuição do apetite; 4- Aumento ou diminuição do sono; 5- Agitação ou lentidão de pensamentos e movimentos; 6- Cansaço por falta de energia; 7- Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada; 8- Dificuldade de pensar, se concertar ou tomar decisões; 9- Pensamentos frequentes de morte ou tentativa de suicídio.

Os sintomas podem variar muito de uma pessoa para outra; sintomas fortes para algumas pessoas podem estar ausentes em outras. Entretanto, alguns autores apontam que uma base comum que pode ser a maneira como a pessoa se sente em relação a ela mesma e como percebe a qualidade e a satisfação de sua vida. A avaliação criteriosa dos sintomas é muito importante para o tratamento, pois pode influenciar a condução do processo. Quando os sintomas são bem identificados torna-se mais fácil encontrar as melhores estratégias para o tratamento como um todo.

Nossa capacidade de autocompreensão e de compreensão do mundo é obviamente muito limitada quando estamos começando a vida no útero materno e logo após nosso nascimento. Nessa fase do desenvolvimento humano, o tempo ainda é insuficiente para o ser desenvolver sua potencialidade de compreensão dos ambientes interno (o próprio corpo) e externo, da mesma forma que é para o desenvolvimento do controle de mobilidade de nossos membros superiores e inferiores (braços, mãos, pernas e pés). Parece que os seres humanos nascem com menor autonomia e são menos “pré-programados” do que a maioria dos outros animais. No caso dos humanos, quase toda a programação para a sobrevivência e o desenvolvimento é feita depois do nascimento e o aprendizado do bebê é principalmente via observação e imitação de outros humanos. Em outras palavras, o bebê humano apreende a ser humano pelo modelo de humanidade que lhe é apresentado nessa fase da vida. Nesse processo, primeiro o bebê observa para depois procurar fazer igual ao que compreendeu que os humanos fazem, ou seja, fazendo imitação do que compreendeu.

Entretanto, considerando o processo assim descrito, como o bebê se guia no sentido de um bom aprendizado para se formar como um ser humano? Como saberia se está cada vez se aproximando ou se afastando do modelo humano de ser? Uma hipótese de resposta do que baliza o bebê, para saber se está na direção certa, seria a compreensão (por ele mesmo) de que está sendo compreendido pelos seres humanos mais próximos (país e cuidadores). Ser bem compreendido significaria estar indo na direção de ser um ser semelhante aos outros humanos. Assim, seria o fato de outras pessoas nos compreenderem um parâmetro fundamental, como placas sinalizadoras de direção para nosso desenvolvimento no sentido da construção do nosso ser como humano. A partir dessa ideia de modelo de desenvolvimento humano na primeira infância, é natural presumir que, sendo o processo bem sucedido, os adultos humanos continuariam a usar esse modelo, pelo menos de forma semelhante, para progredir e atingir o máximo de seu potencial de desenvolvimento. Para tanto, naturalmente, o ser humano precisaria estar sempre em comunicação interativa com outros humanos e ainda precisaria que os outros humanos compreendessem o modo que ele próprio compreende a si mesmo e ao mundo, em cada um dos momentos de sua vida. Dessa forma, seria a percepção de cada um de que outros humanos conseguem compreendê-lo o ponto de partida e de segurança que cada indivíduo teria para avaliar se sua compreensão é razoável para entender tanto a própria realidade interna quanto externa do ponto de vista de um humano normal. Essa compreensão pelo o outro funcionaria como uma bússola para o desenvolvimento do ser como humano normal e mesmo para alcançar o potencial máximo como individuo.

Uma vez que a função da psicoterapia é ajudar no autodesenvolvimento e na cura e, considerando que quando o ser humano está impossibilitado de desenvolver todo o seu potencial a cada momento, ele estará em sofrimento ou doente, como nos alertou Abraham H. Maslow, um modelo de psicoterapia eficiente seria aquele que se aproximasse desse processo natural de desenvolvimento humano como o descrito. Assim, o papel do psicoterapeuta deveria ser o de procurar entender como é a compreensão do seu cliente a respeito de si mesmo e do mundo e comunicar de volta como percebe a compreensão dele. Então, de forma similar ao modelo natural de desenvolvimento humano, a compreensão do psicoterapeuta, que pode ser chamada de empática, iria promover, junto ao cliente, autodesenvolvimento e autotratamento curativo. A psicoterapia, assim, estaria contribuindo para o cliente aprimorar sua compreensão de si próprio e do mundo que o cerca e seu autoconceito e, consequentemente, suas condutas. Esse fenômeno ocorreria à medida que o psicoterapeuta conseguisse indicar ao cliente que o compreende bem no estágio atual de sua autocompreensão e entende a maneira que ele percebe o mundo. Essa indicação ajudaria o cliente, como se fosse uma autorização ou uma base de segurança para partir e retornar, a progredir em relação ao estágio atual e, assim, com segurança, avançar e ir além, no sentido da cura de sofrimentos e do desenvolvimento pleno.

Depression is a mood disorder that presents a variation of symptoms and manifests itself differently from one individual to another. The disorder can affect many aspects in the life of the depressed person, such as personal, social and professional. It can physically affect the individual, changing his/her appetite, sleep and sexual desire, and causing fatigue and anxiety. The disorder can also adversely affect cognitive functions, like thinking, judging, remembering and concentrating, reducing the ability to make decisions and generating insecurity feelings. In addition, depression can affect the behavior: people cry, hurt themselves, abuse drugs or may even attempt suicide. Many people start to use drugs to cope with anxiety or stress caused by depression. It can still affect the emotions, creating or increasing sadness, despair, guilt, worthlessness, and hopelessness feelings. In terms of social relationships, depression can impair one’s ability to relate well with others, that is, the disorder may lead to isolation and separation from the family.

However, there is still much to be clarified about depression, its causes and how to deal with it. There are several theories that attempt to develop more explanation, but there is still much ground to cover. It seems there are two main approaches that stand out on the understanding of depression due to their research basis, advances, diffusion and treatments. One approach, that could be called “psychiatric approach”, considers that depression is a problem of more biological order, caused by malfunction in brain activity. This approach primarily indicates psychopharmacological based treatments. Medications, prescribed by a medical professional specialized in psychiatry, are usually the main form of treatment. The other approach, which could be called “psychological approach”, understands that depression is primarily caused by the consequences of suffering, emotional conflicts, unconscious and conscious traumas, frustration, loss, stress and other sufferings resultant from human and social relations. This approach mainly indicates a psychotherapeutic treatment, which offers support to cope with depression and seeks balance, understanding and stability to improve the individual’s emotional condition.

Regardless of the approach and considering the complexity of the interaction of its causes, the diagnosis of depression is not discovered or concluded easily. Therefore, it should start, as a precaution, with an analysis of the person’s emotional life history. A complete and general medical examination may be also important, since depression can be associated with a prior poor health condition. The diseases associated with depression, if untreated, can hinder the success of any depression treatment. On the contrary, when they are treated, the depression treatment has much greater chances to be sucsessful.

The American Medical Association says there is no standard treatment for depression and it also depends on the severity of each case. According to the association, what happened in the past was that some health professionals used to advocate exclusively psychotherapeutic treatment, understanding depression only as a psychological disorder, while others would prescribe only drug treatment, understanding depression as a purely biological problem. Currently, most of the professionals recognize the validity of both treatments, which can be used separately or together, depending on the severity and the symptoms of each case.

As we have seen, there are several possibilities of intervention and treatment. Decisions and choices must be made and it is best that all involved are aware and well informed, so everybody can have a more active and responsible role. There is not an approach that is more correct than another for understanding and treating depression and, when working with one of the two main approaches, the other should always be taken into account too. Treatment through medication alone may seem tempting because it does not require major changes in the person’s life style, and even alone the symptoms can be lessened. However, the causes of the disorder may remain unchanged, so there are greater chances of future crises. On the other hand, treatment through psychotherapy alone, when there is greater degree of suffering and of behavioral change, may be insufficient because it does not generate short-term relief. Thus, depending on the case, the best strategy may be working with the two approaches combined in a cooperative and complementary way. In general, cooperating is better than competing, but this is especially truth when there are many possible solutions but no guarantee of success.

A depressão é um transtorno de humor que apresenta sintomas variados e se manifesta diferentemente de um individuo para outro e pode afetar diversos aspectos da vida pessoal, social e profissional dos acometidos. Ela pode afetar fisicamente o indivíduo, alterando seu apetite, sono, desejo sexual, além de poder causar sensação de fadiga e ansiedade. O transtorno também pode afetar negativamente as funções cognitivas de pensar, julgar, lembrar e se concentrar, diminuindo a capacidade de tomar decisões e gerando sentimentos de insegurança. Além disso, a depressão pode afetar o comportamento: as pessoas choram, se ferem, abusam de drogas ou podem até mesmo tentar suicídio. Muitos passam a usar drogas para lidar com a ansiedade ou o stress gerado pela depressão. Ela pode afetar ainda as emoções, gerando ou aumentando sentimentos de tristeza, desespero, culpa, inutilidade e desesperança. No plano das relações sociais, a depressão pode prejudicar a capacidade de alguém se relacionar bem com as outras pessoas, podendo levar o deprimido ao isolamento e à separação da família.

Entretanto, ainda existe muito a ser esclarecido sobre a depressão, suas causas e como lidar com ela. São várias as teorias que tentam avançar no sentido desse esclarecimento, mas tem-se ainda muito terreno a percorrer. Parece que há duas abordagens que se destacam como principais, no entendimento da depressão, por suas pesquisas, avanços, difusão e efeitos. Uma abordagem, que poderia ser chamada de “abordagem psiquiátrica”, considera a depressão principalmente como um problema de ordem biológica, causada pelo mau funcionamento de atividades cerebrais. Essa abordagem indica prioritariamente tratamentos de base psicofarmacológica, ou seja, à base de medicamentos, através de profissional médico com especialização em psiquiatria. A outra abordagem, que poderia ser chamada de “abordagem psicológica”, entende principalmente a depressão como conseqüência de sofrimento e conflitos emocionais, traumas inconscientes e conscientes, frustrações, perdas, stress e outros sofrimentos consequentes das relações humanas e sociais. Neste caso, a abordagem indica o tratamento psicoterápico, que oferece suporte para enfrentar a depressão e busca o equilíbrio, o entendimento e a estabilidade, com melhoria da condição emocional.

Contudo, independentemente da abordagem e considerando a complexidade da interação das suas causas, o diagnóstico da depressão não se dá com facilidade. Neste sentido, ele deve começar, por prudência, pelo histórico de vida e emocional da pessoa. Um exame completo das condições gerais de saúde do indivíduo também pode ser importante, uma vez que a depressão pode estar associada a uma má condição de saúde prévia. As doenças associadas à depressão, quando não tratadas, podem inviabilizar o sucesso do seu tratamento; contrariamente, quando são tratadas, favorecem sobremaneira ao tratamento.

A Associação Médica Americana diz que não existe um tratamento padrão para a depressão e que ele também dependerá da gravidade de cada caso. Segundo a associação, o que acontecia antigamente era que alguns profissionais advogavam exclusivamente o tratamento psicoterápico, por entenderem a depressão como um distúrbio psicológico, enquanto outros advogavam exclusivamente o tratamento por medicamentos, por entenderem a depressão como um problema puramente biológico. Atualmente, diversos profissionais reconhecem a validade de ambos os tratamentos, que podem ser utilizados separadamente ou em conjunto, dependendo da gravidade e dos sintomas de cada caso.

Como vimos, são várias as possibilidades de intervenção e tratamento. Decisões e escolhas precisam ser feitas e é melhor que todos os envolvidos estejam conscientes e bem informados, pois assim poderão ter um papel mais ativo e responsável. Não existe uma abordagem mais correta que a outra para o entendimento e o tratamento da depressão e, ao se trabalhar com qualquer uma das duas principais abordagens, deve-se levar em conta a outra também. O tratamento exclusivamente pela medicação pode parecer tentador, por não exigir grandes mudanças no individuo e no seu contexto e, mesmo assim, conseguir diminuir os sintomas. No entanto, as causas do transtorno podem permanecer inalteradas e assim há maiores chances de novas crises. Por outro lado, o tratamento exclusivamente pela psicoterapia, quando há sofrimento e alteração comportamental de maior grau, pode ser insuficiente, por não gerar alívio em curto prazo. Assim, dependendo do caso, a melhor estratégia pode ser trabalhar com as duas abordagens de forma associada, cooperativa e complementar. Reafirmamos que o nosso entendimento é que cooperar geralmente é melhor do que competir, especialmente quando existem muitas possibilidades de solução e nenhuma garantia de resultado.

Carl R. Rogers é fundador da Abordagem Centrada na Pessoa e foi defensor da tese de que a empatia proporcionada pelo psicoterapeuta ao cliente é uma das maneiras mais poderosas, porem de natureza sutil, para promover mudanças de personalidade e, consequentemente,  comportamentais. Primeiramente, Rogers descobriu, em sua prática como psicoterapeuta, que o ouvir atentamente já era um fator isolado de ajuda significativa ao cliente. Compreendeu também que quando o psicoterapeuta dizia ao cliente quais sentimentos e emoções percebia nele, a efetividade da terapia aumentava. A esse procedimento chamou de reflexão de sentimento e, juntamente com seus alunos, descobriu que ficar atento aos sentimentos do cliente e refleti-los podia transformar uma conversa superficial em autoanalise profunda realizada pelo próprio cliente. Entretanto, posteriormente, Rogers descobriu que não era nem a escuta e nem a reflexão de sentimentos que ajudavam o cliente, mas era a empatia nelas embutidas. Ele, então, protestou que a reflexão de sentimento não era uma técnica ou um tipo de terapia, mas sim uma particularidade que poderia estar englobada em algo maior como uma relação interpessoal empática com o cliente. Ele compreendeu que não é exatamente a reflexão de sentimentos que proporciona ajuda aos clientes, mas sim a empatia que deve estar embutida nesse tipo de reflexão. A reflexão de sentimentos é uma forma auxiliar de demonstrar empatia e somente ajuda o cliente quando há empatia autentica do psicoterapeuta em relação a seu cliente.

O que é essa empatia e como promove ajuda no cliente? Vou me arriscar em uma tentativa de resposta simplificada para o que pode ser isso: É um fenômeno humano de consideração por outro ser humano quando um busca compreender o outro a partir do ponto de vista do outro, aceitando seus comportamentos sem críticas e juízo de valor e ainda buscar vivenciar e compreender seus sentimentos e emoções como se fosse ele. Para responder a segunda parte da pergunta, vamos considerar antes o que Rogers chamou de fluxo psico-fisiológico. Isto seria o conjunto em movimento das sensações corpóreas e vivências psíquicas que experienciamos continuamente em todos os momentos da vida. Na maioria do tempo, não temos consciência completa como este fluxo de sensações e vivencias está correndo dentro de nós e, consequentemente, não encontramos significações precisas para as sensações. Sendo assim, na psicoterapia, a empatia permite ao psicoterapeuta aproximar tanto do seu cliente a ponto de ele (o psicoterapeuta) tentar encontrar ou descobrir significações que seu cliente aceite como autenticamente suas. Quando significados são encontrados para os fluxos sensoriais e vivenciais, estes evoluem e se aproximam da consciência, o que permite compreensão e aceitação e, a partir de então, mudanças de personalidade e, consequentemente, comportamentais poderão ocorrer. Esse processo se dá no cliente pela desalienção em relação a sentimentos reprimidos, pela significação consciente de vivências, pela aceitação e valorização de si mesmo assim como se é, pelo não julgamento, aceitação incondicional e confirmação da existência de identidade pelo outro (no caso, o psicoterapeuta). O cliente se vê, então, diante de aspectos pessoais que antes não eram reconhecidos como sendo dele mesmo. Esses aspectos são agora aceitos pelo incentivo do psicoterapeuta que os aceita com naturalidade. A incorporação desses aspectos leva forçosamente o cliente a reelaborar seu autoconceito. Uma vez que o conceito de si é atualizado, a personalidade se reconfigura e os comportamentos se modificam para adequar com a personalidade reconfigurada.

Fica então evidente que a empatia ocupa um papel chave no processo de mudança no cliente em terapia. É a empatia que possibilita ao terapeuta buscar e, eventualmente, encontrar significações expressivas para o cliente. É exatamente a partir desse ponto que se abre a possibilidade para a evolução da condição do cliente. Sem a empatia o psicoterapeuta não seria capaz de ter sentimentos próximos aos do cliente, poderia apenas tentar compreender o cliente através da intelectualização de sua condição e por teorias psicológicas. Entretanto, essa compreensão, mesmo que muito acertada e suportada por teorias psicológicas, afastariam o cliente de um processo de mudança, na medida em que o mesmo não acataria algo que não pode ser reconhecido e compreendido por si mesmo. De outra forma, a empatia pode desbloquear vivências que, quando são experimentadas ao nível visceral e corretamente simbolizadas e nomeadas, provem mudanças na personalidade e, consequentemente, nos comportamentos. Assim, concluímos que a empatia tem um papel fundamental na abertura do cliente para descobertas internas e mudanças e, portanto, é essencial, pois, como uma chave, abre uma fechadura no processo terapêutico.

Carl R. Rogers es fundador del Enfoque Centrado en la Persona y fue defensor de la tesis de que la empatía proporcionada por el psicoterapeuta al cliente es una de las maneras más poderosas, a pesar de su naturaleza sutil, para promover cambios de personalidad y, consecuentemente, en los comportamientos. Primeramente, Rogers descubrió, en su práctica como psicoterapeuta, que el oír atentamente ya era un factor aislado de ayuda significativa al Cliente. Comprendió  también que cuando el sicoterapeuta le decía al cliente cuales sentimientos y emociones percibía en él, la efectividad de la terapia aumentaba. A ese procedimiento le llamó reflexión de sentimiento y, juntamente con sus alumnos, descubrió que el estar atento a los sentimientos del cliente y reflejarlos podía transformar una conversación superficial en un autoanálisis profundo realizado por el propio cliente. Sin embargo, posteriormente, Rogers descubrió que no era ni el acto de escuchar ni tampoco la reflexión de sentimientos que ayudaban al cliente, sino la empatía que estaba embutida en ellas. Entonces él postuló que la reflexión de sentimiento no era una técnica o un tipo de terapia y si una particularidad que podría estar englobada en algo mayor como una relación interpersonal empática con el cliente. Él comprendió que no es exactamente la reflexión de sentimientos la que ayuda a los clientes, sino la empatía que debe estar embutida en este tipo de reflexión. La reflexión de sentimientos es una forma auxiliar de demostrar empatía que solamente ayuda al cliente cuando existe empatía autentica del sicoterapeuta en relación a su cliente.

¿En qué consiste esa empatía y como proporciona ayuda al cliente? Voy a arriesgarme en una tentativa de dar una respuesta simplificada a lo que pueda ser eso: es un fenómeno humano de consideración por otro ser humano cuando uno busca comprender al otro a partir del punto de vista del otro, aceptando sus comportamientos sin criticas ni juicio de valor y también buscando la vivencia y comprensión de sus sentimientos y emociones como si fuese el mismo. Para responder a la segunda parte de la pregunta, vamos a considerar lo que Rogers llamó de flujo psicofisiológico. Esto sería el conjunto en movimiento de las sensaciones corpóreas y vivencias psíquicas que experimentamos continuamente en todos los momentos de la vida. En la mayor parte del tiempo, no tenemos conciencia completa de como este flujo de sensaciones y vivencias está corriendo dentro de nosotros y, consecuentemente, no encontramos significaciones precisas para las sensaciones. Siendo así, en la psicoterapia, la empatía permite al psicoterapeuta aproximarse tanto de su cliente hasta el punto de él (el psicoterapeuta) intente encontrar o descubrir significaciones que su cliente acepte como auténticamente suyas. Cuando son encontrados los significados para los flujos sensoriales y vivenciales, estos evolucionan y se aproximan de la conciencia, lo cual permite la comprensión y la aceptación y a partir de entonces, cambios de personalidad y, consecuentemente, cambios en los comportamientos podrán ocurrir. Ese proceso se produce en el cliente por la desalienación en relación a sentimientos reprimidos, por el significación consciente de vivencias, por la aceptación y valorización de sí mismo así como se es, por el no juzgamiento, aceptación incondicional y confirmación de la existencia de identidad por el otro (en este caso, el psicoterapeuta). El cliente se ve entonces, delante de aspectos personales que antes no eran reconocidos como siendo de el mismo. Estos aspectos son ahora aceptados por el incentivo del psicoterapeuta que los acepta con naturalidad. La incorporación de esos aspectos lleva forzosamente al cliente a reelaborar su auto concepto. Una vez que el concepto de sí es actualizado, la personalidad es reconfigurada y los comportamientos se modifican para la adecuación con la personalidad reconfigurada.

Queda entonces evidente, que la empatía desempeña un papel clave en el proceso de cambio en el cliente en terapia. Es la empatía la que posibilita al terapeuta buscar y eventualmente, encontrar significaciones expresivas para el cliente. Es exactamente a partir de ese punto que se abre la posibilidad para la evolución de la condición del cliente. Sin la empatía, el psicoterapeuta no sería capaz de tener sentimientos próximos a los del cliente, podría apenas intentar comprender al cliente a través de la intelectualización de su condición y por teorías psicológicas. Entretanto, esa comprensión, mismo que acertada y apoyada por teorías psicológicas, alejarían al cliente de un proceso de cambio, en la medida en que él mismo no acataría algo que no puede ser reconocido y comprendido por él mismo. De otra forma, la empatía puede desbloquear vivencias que, cuando son experimentadas a nivel visceral y correctamente simbolizadas y nominadas, proveen cambios en la personalidad y consecuentemente, en los comportamientos. De esta forma, concluimos que la empatía desempeña un papel fundamental en la apertura  del cliente para descubrimientos internos y cambios y, por lo tanto, es esencial, pues como una llave, abre una cerradura en el proceso terapéutico.

* Traducido por Ruben Cesar Ramirez (Paraguay)

Em um artigo anterior, eu disse que havia muitos modelos de psicoterapia. Eles se aproximam ou se afastam uns dos outros de acordo com suas diversas características. Quando são mais consolidados, eles podem ser chamados de modelos, escolas ou abordagens e entre as mais conhecidas estão a Psicanalítica, a Comportamental, a Humanista-Existencial e a Social. É bem verdade que cada uma dessas citadas abriga uma variedade de submodelos com denominações diferentes. O psicólogo em sua formação universitária e profissional é exposto normalmente a muitas escolas e abordagens diferentes de psicologia. Entretanto, ele acaba privilegiando uma dessas escolas para exercer o seu trabalho como profissional, já que seria contraditório e antagônico abarcar vários. Melhor dizendo, muitas vezes, estes profissionais podem conhecer vários modelos, mas privilegiam ou se concentram em um pelo motivo já exposto.

Neste artigo falo um pouco e de forma bem simples e figurativa da abordagem que adotei para a minha prática profissional: a Psicoterapia Centrada na Pessoa dentro da abordagem Humanista. Ela começa na década de 30, do século passado, a partir dos trabalhos do psicólogo norte americano Carl Rogers e enfatiza na teoria e no processo terapêutico as experiências vividas, o potencial natural de crescimento de cada um, o auto-direcionamento e o livre-arbítrio.

Como esses conceitos soltos dessa forma são pouco compreensíveis, usarei uma metáfora comparando-os a um escritor e o papel no qual escreve. O escritor é o cliente e o psicoterapeuta é o papel. O escritor escolhe escrever no papel o que ele quiser, dando forma, expressão e conteúdo. O papel aceita tudo o que o escritor escreve, dando-lhe a liberdade de escrever o que quiser e do jeito que quiser. Assim, o escritor e o papel formam um conjunto. Um precisa do outro: o escritor precisa do papel para expressar a sua mensagem de forma compreensível e o papel precisa da escrita do escritor para conter uma mensagem, prestando um serviço que auxile na expressão das mensagens. Então, depois que o escritor escreve, ele lê, re-lê e re-escreve, geralmente várias vezes, concertando, modificando, acrescentando, etc., até ficar satisfeito com o sentido e significado de sua mensagem.

A partir disso, a pratica de Psicoterapia Centrada na Pessoa é caracterizada por uma escuta do cliente de forma respeitosa, livre de criticas e de forma empática. Empatia significa procurar compreender o sentimento da outra pessoa, levando em conta as circunstâncias da vida dela. Diferentemente de outras escolas, a psicoterapia centrada na pessoa não visa julgar, interrogar, tranquilizar, explorar ou interpretar o cliente ou seus problemas, mas sim compreender os sentimentos, problemas e dificuldades do ponto de vista do próprio cliente. Dessa forma, o trabalho do psicoterapeuta ajuda o cliente a aumentar a compreensão de sua situação, abrindo possibilidades de alivio de sofrimento e encontro de soluções. Em resumo, podemos dizer que essa abordagem promove a autonomia, a tomada de consciência e a ressimbolização da experiência pelo cliente. Sendo assim, no final, é o cliente que faz a sua própria psicoterapia com a facilitação do psicoterapeuta, que oferece um ambiente mais seguro para tanto.

A Abordagem Centrada na Pessoa, abreviada por ACP, é uma corrente de pensamento psicológico desenvolvida a partir dos trabalhos do psicólogo americano Carl R. Rogers. Essa abordagem abriga um modelo de psicoterapia, conhecida com Humanista ou Centrada na Pessoa, em que o papel do psicoterapeuta é ajudar seu cliente a desenvolver por si e para si mesmo critérios e valores e, dessa forma, ele mesmo desenvolverá significados e um sentido para sua vida. Essa abordagem entende que somente há mudança de personalidade quando o cliente encontra novos paradigmas a partir de si próprio. Novos comportamentos mais coerentes com o desenvolvimento serão, então, uma consequência natural.

Conforme esses preceitos, a função da psicoterapia é propiciar ao cliente o melhor ambiente para que ele atualize tanto suas percepções conscientes como as inconscientes e as simbolize de forma a aumentar seu grau de contato com a própria realidade e, desse modo, promover sua capacidade de tomar decisões em liberdade e se responsabilizar por elas. Sendo assim, a finalidade da psicoterapia é proporcionar ao indivíduo esse ambiente favorável à exploração de si próprio e ao autodesenvolvimento. Para tanto, o psicoterapeuta procura estar em estado de congruência, estabelecer empatia com o cliente e cultivar um posicionamento de consideração positiva incondicional para com ele. Isso significa aceitar o cliente incondicionalmente, ou seja, sem críticas e julgamento de valor, ser verdadeiro consigo mesmo e tentar entender o modo com que seu cliente percebe seu mundo e o compreende. Desse modo, as intervenções do psicoterapeuta seriam tipicamente nos formatos: de buscar compreender e aceitar os sentimentos do cliente, de evitar expor seu ponto de vista e oferecer conselhos, de disponibilizar seu mundo interior para entrar em contato com a “realidade” do cliente e deixar fluir reações intuitivas, mas sem perder a noção de si próprio e de tudo o mais que valorize a humanidade do cliente. Para proporcionar essa ambientação, o psicoterapeuta deve desenvolver atributos especiais, como estar mais interessado em ouvir e aceitar o ponto de vista do outro do que em expor e defender o seu, ser capaz de acatar sentimentos diversos, inclusive de hostilidade, sem reagir negativamente e agressivamente, ter a flexibilidade de se comportar da melhor maneira para propiciar ao cliente um relacionamento de aceitação compreensiva. Essa ambientação propicia um tipo de relação interpessoal entre psicoterapeuta e cliente caracterizado pela confiança crescente no cliente de que ele será sempre aceito apesar de qualquer coisa que deponha contra ele, isso devido a busca constante de compreensão e aceitação de seus atos e de sua pessoa. A partir da condição de ser aceito incondicionalmente, o cliente poderá se sentir confiante o bastante para se revelar para o psicoterapeuta e, consequentemente, para si mesmo e poderá ter coragem para descobrir os meios e caminhos que dão sentido e valor a sua vida.

Em resumo, podemos dizer que a psicoterapia da ACP privilegia a capacidade natural de cada homem de se autodesenvolver através de descobertas por si próprio dos meios e caminhos para isso. A função da psicoterapia é facilitar esse processo, oferecendo um ambiente propício para tal. Esse ambiente funciona com agente facilitador e incentivador do autodesenvolvimento natural. A percepção do cliente é de que ele é aceito e compreendido e está mais livre para se mostrar, descobrir e encontrar sentido para suas experiências de vida.